Folha em branco, uma dor... Um pranto







Nada, simplesmente nada
nem ar, nem água...
Nem sol, nem lágrimas
Nada por nada mais

O silêncio impera...
Como um ditador cruel e tosco
que não desvia seu olhar morto
cheio de trapaças vogais

Apenas o vazio que reage à minha vontade
vontade que se segue
mas sem nada para vomitar...
Nada para lamentar

Preciso romper o silêncio esmagador
entre eu, o papel e minha alma - dor
que por vezes atropela a linguagem
do meu sem som e lúdico ser...

Que chora!

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