Qual a importância da música?

In memorian: Pavarotti


Acordamos e ligamos o rádio, passa aquela música matinal, escutada centenas de vezes e mesmo assim ainda à ouvimos, como se fosse um ritual cotidiano e importante para tornar o dia tipicamente comum e pacífico. Depois, no banho, não pode faltar aquele clássico do rock ou uma música bem alegre, principalmente para quem não tem chuveiro elétrico e precisa tomar coragem para enfrentar o frio da água. Ligamos a TV e logo passa aquele cantor “sucesso descartável”, com aquelas “músicas chiclete”, que mesmo odiando, a gente sabe a letra decorado, na ponta da língua. Mudamos então de canal e passa aquela chamada sinistra do plantão, arrepiando até a nossa alma (lá vem desgraça!).
De fato, os sons possuem diversos significados simbólicos ao homem, por serem uma forma de comunicação, de expressão das emoções diversas. A música pode promover revoluções de massa, incitar o ódio, insentivar a paz e também boas ações, dependendo de quem utiliza.
Pessoas que cantam tendem a serem mais felizes e mais saudáveis, pois além das contribuições psicológicas (diminuição da ansiedade, estresse, depressão e auxílio na concentração), cantar também possui grande importância ao organismo (melhorias no sistema respiratório, sanguíneo e digestório), podem acreditar!
Dizem que cantar é a maneira mais fácil de se comunicar com “Deus”. A música, quando realizada de maneira majestosa, cativa o coração de qualquer ser humano. Ela tem o poder Órfico de destruir temporariamente a sensação de passado e futuro, sendo o presente um estado de contemplação singular e extasiante.
Séculos atrás, só poderíamos ouvir músicas de qualidade dentro de grandes palácios e restringindo-se as elites da época. Hoje, a popularização dos meios de comunicação tornaram-na acessível a todo. Mesmo sabendo que a vulgarização desta arte tenha gerado baixas em sua qualidade, esta abertura foi sem dúvida importante ao ser humano.
A gestão pública tem o dever de intensivar a cultura no geral, mas isto nem sempre acontece de fato. Em minha cidade, Natal/RN – Brasil, sinto em dizer, é como se a boa música se escondesse em bueiros, ruelas, renegado e usurpado de seu posto de destaque nos corações dos Natalenses. No ponto histórico da cidade, ainda podemos encontrar alguns defensores de causas perdidas, mas que são guerreiros invejáveis por não desistirem do que acreditam. A música e o homem possuem uma espécie de simbiose oculta e mágica, nos personificando, nos dando características identitárias.
Acredito piamente que música nunca deixará de ter um local especial em nossas vidas, mesmo assim deve ser utilizada de modo produtivo, de modo a completar lacunas na alma, iluminar caminhos, não como uma descarga para nossas “merdas”, não é mesmo?!

Cantem!

                                                       

 (Fernando Joaquim)
                 

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