Devir é contigo





Você quer o parceiro ideal. Entre conchas, entre pentes, entrevistas. Sinto teu peso, teus medos, eu quero aprender. Ser a xerox inacabada de outros, dos teus padrões. Das tuas regras já estou sabendo. Sabes que te amei como...

Eu te amei e não lamento. Mesmo às amostras tortas de um carinho cotidiano. Dos lampejos de sordidez que me fazem acender os cheiros de tua pele molhada.

Teu cangote, teu tórax, o bico do seu peito. O pequeno reflexo de mim nos seus olhos. Isso testifica o meu triunfo e plenitude. Eu quero aprender. Eu quero saber de mim quando estou contigo. Você me reflete, você está sempre certo ao seu jeito. Às vezes rude, às vezes com uma paciência...

Nas artes, nos trabalhos, no cotidiano maçante, quando eu quero estar só, você toma a minha vida com outra densidade. Você enche de sentidos outros que nem detectei. Eu deito e me deixou levar pelo encontro de nossas almas-corpo. Sinto-me no próprio fluxo da vida.

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