Prisões invisíveis





Somos rodeados por paredes quase intransponíveis
Estas que nos aprisionam dentro de nós mesmos
Paredes tão sólidas quanto
Nossa própria vontade de viver.

Todos nós, sem restrições
Vivendo por migalhas podres
Soro e sonífero na veia
Em teias de discrições

Querendo ser feliz
Sem saber porque querer ser...

Querendo empinar o nariz
E ser dono de sua própria mercê

Querendo correr por ai
Pulando muros invisíveis

Às vezes querendo tanto

QUERO!

Anseio como o ultimo sopro de vida
Fomentando qualquer outra saída

Um presídio invisível
Pois não posso vê-lo, tocá-lo ou subvertê-lo

(Fernando Joaquim)

Comentários

  1. Realmente, estes muros invisíveis que eu não posso ver, tocar ou subverter...uma prisão interna de dores que vão se alimentando uma das outras, e crescendo como uma colônia de bactérias de tristeza. Lindo poema.

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